Como Pensamos

"Minhas investigações envolvem a percepção da coreografia como elemento de
relação na criação de espacialidades. Buscar compartilhar diferentes conexões dos
aprendizados em dança contemporânea guia ações performativas na necessidade de
compreender espaços que fazem ler o mundo!

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dohorizonte--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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buscaescutar-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----além"
Candice Didonet

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É preciso compartilhar, compensar, compor de imediato, sem necessidade de produzir prova. É preciso viver  mais os “pés sujos e o suor do corpo” buscando na diversidade o direito de exercer autonomia. A Dança tem uma visão múltipla sobre o humano. Essa entidade não pura dá tesão e vontade de mover.

Felizmente.

O que há e que interessa na Dança são entidades humanas, com os defeitos e as virtudes de todas as entidades compostas por pessoas reais. Que corpo é este sobre o qual tanto falamos e ouvimos? Que corpo é este que está aqui e está lá? É torto, troncho, belo, assumido? Este que tanto interessa à arte, este que choca, que dói, que traz desgosto, mal-estar, repulsa e que tanto se revela, se desvenda e se desnuda na arte contemporânea. Este corpo é o meu, o seu, dos alunos, pais, dos professores, do padeiro, do pedreiro e por aí vai. Vai, corpo. Corpo real, vital e mortal.

TE INTERESSA TROCAR?"
Mábile Borsato 


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"Ao conviver em uma sociedade “assustada”, inanimada e desacreditada diante de tantas injustiças, violência e desigualdade, interessa-me vivenciar espaços/trabalhos artísticos que me convidam a olhar e refletir de diferentes maneiras minhas relações na sociedade, no mundo, e, que assim, me cutucam a agir,  a comunicar e a transformar a “sociedade passiva”. Hoje vivo e procuro na arte a experiência de sentir as relações, a realidade, em diferentes ângulos, arranjos, sabores, sons, cores.
Ensinar, aprender, dançar!!! Diria que essas palavras entrelaçadas alimentam meu tesão em viver. Vivenciar a dança como movimento de olhar, perceber e sentir o modo como me relaciono com as pessoas/ com o mundo/com a realidade, me traz a sensação, cada vez mais latente, de pertencer, de me conhecer, de ser potente e capaz. É, dessa sensação, que vem o prazer em convidar outras pessoas a compartilharem e vivenciarem experiências artísticas que instigam o olhar consciente para o corpo, suas vontades, suas necessidades, seus incômodos. Nesses ambientes busco construir meu grande prazer de ver pessoas -questionando o modo como se relacionam no mundo- posicionando suas vontades-acreditando na sua capacidade, nos seus sonhos , enfim ver pessoas que agem, que escutam,questionam e posicionam o que pensam, diante da diversidade, da diferença."
Ludmila Veloso




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Além do “desejo”, que pelas palavras de José Gil quer acima de tudo desejar, por que (eu/nós) dançamos?
A dança, assim como a arte é um dispositivo capaz de mudar e perturbar afetos, capaz de reinventar corpo e mundo. Danço para sobreviver, para poder reinventar-me, reinventar-te. Bataille dizia que escrevia para não ficar louco, porém sua produção literária perpassa qualquer aspecto de auto ajuda ou de terapia. A arte não promete cura, alias viver não promete “cura”.
Interessa-me na dança ou em processos artísticos essa possibilidade de transformação de um vazio, de um buraco, de uma dor em material artístico. Interesso-me pelo corpo e por sua complexidade/fragilidade. Interesso-me pelo DESEJO e seus “swingnificados”. Me instiga toda experiência estética que provoca a pele, os órgãos, a vontade. Que a reflexão e o pensamento surjam pelos ossos.
Interesso-me por espaços ambíguos, de coexistência entre risos e estranhamentos, violências e afetos. Espaços esses que vejo em mim, no outro, nos caminhos que atravesso, lugares não lineares, cheios de buracos e prazeres. Espaços bizarros.
Mas ainda a pergunta: afinal, por que querer dançar?
                                                                                                                        Ronie Rodrigues


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A mudança, o transformar - eu, tu, outro, ali, aqui -

INTERESSA

Mover para gerar outros moveres. Para instigar, contaminar, provocar, romper a inércia. Aproximar interesses...construir relações.

Há um querer viver de verdade, tornar real, presente, experiência, carne, corpo.

Dançar – trocar – tocar – movimentar – criar - olhar – sentir – perguntar - perturbar – acionar.

A arte é potência para a experiência e para a transformação, por isso e para isso acredito e me interesso pela idealização/realização de trabalhos artísticos, pelo pesquisar, criar e compartilhar e insisto na exploração das possibilidades artísticas, individuais e coletivas.


Raquel Bombieri

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