Um exercício de olharexperimentar a obra - A bossa nova em forma de dança

Mesmo correndo o risco de me fazer cartesiana, no que se refere em separar “as coisas”, levanto uma questão, uma proposição para os integrantes da Entretantas e para todos que quiserem se aventurar nesse assunto que, nem eu mesma sei nomear e explicar direito. Mas, vamos lá!

Tentando ampliar o meu olhar/viver para a diversidade em dança, tenho me lançado a ver outros tipos de dança que não a contemporânea. Quando vejo um trabalho ou e espetáculo de dança, de danças como a clássica, dança moderna ou outros estilos/configurações, tenho pensado muito em conjuntos de movimentos/formas. Movimentos como formas que traduzem modos de pensar/ fazer dança. Movimentos que trazem à tona um contexto, ou seja, movimentos que emergem como desenhos/contornos/linhas/volumes de um certo tempo e espaço. O tempo e espaço são corporificados como dança. Por isso, diferentes danças, formas, modos. Formas, muitas vezes, bem conhecidas, outras nem tanto.

Pensando em estabelecer relações, tenho feito o exercício de ver, tentando refletir a partir de certas questões que, lanço a todos:

- Como me relaciono com o que vejo, enquanto vejo?

- Por que em certos trabalhos, as formas me incomodam, me afastam da obra e não consigo estabelecer uma relação de experiência sensória/sensível com o que está sendo dançado?

- Por que certas formas, mesmo sendo bem conhecidas, me tocam, me afetam, me alteram, me transformam, me aproximam da obra dançada?

A proposição, composta pelas questões, é para ser realizada como um exercício de olharexperimentar da obra A bossa nova em forma de dança, no Teatro da Caixa, dias 10, 11 e 12 de Junho.

Fica o convite para quem estiver em Curitiba nesse final de semana e depois vamos nos falando.

Bjo Gladis